E aí, galera, beleza? Prometi há
algum tempo algumas entrevistas com autores de livros que resenhei.
Confesso que os atrasos nos últimos
posts são de culpa inteiramente minha.
Mas vamos lá. É com orgulho que
comunico que a entrevistada de hoje é ninguém menos que Lilian Reis, autora do
livro “Eu, meu pai e os meus outros amores”, cuja resenha você encontra AQUI.
Em entrevista ao Blog, Lilian fala um
pouco mais sobre a mulher que divide um corpo com uma incrível escritora, fala
sobre um novo trabalho, que dará continuação à “Eu, meu pai...” e afirma que
acredita em Anjos da Guarda.
1.
D. L. – Como surgiu a ideia do livro?
Surgiu da vontade de falar de amor. Não só amor homem/mulher, mas também
o amor paterno, materno, fraterno e pelas coisas de um modo geral.
2.
D. L. – Qual a diferença entre a
escritora e a mulher Lilian Reis?
Bem, como escritora eu posso ser quem eu quiser. Sonhar, inventar, viver
em um mundo fictício, criar situações, ou seja, me permitir.
A mulher Lilian Reis é como outra qualquer sonha, mas nem sempre pode
realizar seus desejos, vive em um mundo real que às vezes cruel, se criar
alguma situação, tem de arcar com as consequências, e, nem sempre, pode se
permitir. Lilian Reis vive num mundo real. Cuida de sua casa, família e tem de
equilibrar seu tempo como qualquer outra mulher.
3.
D. L. – A emoção traduzida nas
páginas do livro são muito fortes. Não posso deixar de perguntar: você tinha
problemas com seus pais?
Rsrsrs. Todos me
perguntam isso, mas não. Ao contrário de Jade, meus pais se amavam e presenciei
isso até quando ela se foi. Meu pai é vivo graças a Deus. Nunca tive problema
algum com ele. Mas, uma coisa posso dizer, meu pai é, sim, um herói. Faz de
tudo por nós, suas filhas, até hoje. Ele tem 67 anos e é um homem forte e
saudável.
4.
D. L. – Fred e Jade, os protagonistas
da estória, possuem um amor profundo, uma paixão ardente que muda os dois a
todo o momento. Você acredita que paixões assim existam fora da literatura?
Acredito que possam
existir sim. Claro, quando se é jovem é diferente. Depois o amor torna-se
maduro... Os relacionamentos tornam-se diferentes.
5.
D. L. – O medo da Jade quanto a sua
primeira vez assombra-a em vários momentos. Que mensagem você daria para
meninas que vivem a mesma situação?
Acho que dei a Jade a resposta. A mensagem é
esta: Não fazer amor por fazer, tem de ser no momento certo. Com um cara que
valha a pena.
6.
Sitael é o anjo da guarda de Jade. De
onde veio a ideia de misturar esse “Fenômeno Religioso” a uma estória de amor?
Porque acredito que existam os Anjos da
guarda.
7.
D. L. – É verdade que você escreverá
um livro sobre o Duke (o irmão do protagonista de “Eu, meu pai e os meus outros
amores”)?
Sim, na verdade não é
somente sobre Duke. Ele terá mais voz na segunda história, com certeza, mas
Jade ainda enfrentará dificuldades, ainda haverá conflitos, o relacionamento
dela e de Fred passará por provações...
8.
D. L. – Que escritores te
influenciaram na tarefa da escrita?
Inúmeros, vou citar um
deles: Nickolas Sparks. Adoro a maneira como escreve, sempre abordando temas
reais e possíveis de acontecer.
9.
D. L. – Como você vê a literatura
nacional hoje?
Em ligeira ascensão.
Acredito que está melhor do que alguns anos atrás. E a tendência a melhorar.
10. D. L. – J. K. Rowling, a escritora de Harry Potter, foi diversas vezes
renegada por editoras de seu país. Você teve medo de ser rejeitada também?
Acho que esse é o medo de todos os autores. Sim, claro.
11. O que diferencia “Eu, meu pai e os meus outros amores” de outras
histórias de amor?
Acredito que a simplicidade. O tema. Houve pessoas que acharam
simples demais. E esta foi minha intenção. Escrever uma história simples,
possível de acontecer, sem fantasias. Embora eu ame histórias complexas e ame
fantasias. Queria uma história diferente das que leio
ultimamente. Procurei retratar a vida de uma típica família de fazenda. Num
cenário de belezas naturais onde não existem muitos recursos, mas que foi o
lugar perfeito para o que pretendia.
12. D. L. – uma mensagem para os leitores do blog.
Bem, em primeiro lugar
agradeço a oportunidade de poder falar um pouco de mim e de meu livro. Acredito
ser importante essa interação para que as pessoas conheçam um pouco da pessoa
que criou aquela estória que leu e que talvez possa falar um pouco para ela.
Espero realmente que as mensagens do livro sejam aproveitadas, pois ele, no
fundo, nos deixa muitos aprendizados importantes. Para mim o maior, o perdão,
mas tem muito, muito mais...
Beijos,
Lilian Reis.
Entrevista: Kaio Rodrigues
Pessoal, adoro a Lilian, e isso não é segredo para ninguém. Receber um
livro autografado, e, mais que isso, ter a honra de entrevistá-la, é um
presente incrível. Só tenho que agradecê-la, e agradecer também a você que
acompanha o blog.
O Dia de Leitor é de vocês.
Abraços Literários.