quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Selinho

Recebi esse lindo selo da linda Kézia Martins, do blog parceiro Fulana Leitora


As regras:
Regra 1. Repassar o selo para 10 pessoas e avisá-las;
Regra 2. Responder às perguntas.

Regra 3. Colocar o link deste blog na postagem

Nome: Kaio Rodrigues

Uma música: O Teatro dos Vampiros – Legião urbana

10 coisas sobre mim:

1. Amo livros de fantasia (Jura, Kaio?)
2. Amo ler no banco de carros, sozinho.
3. Comecei a ler com dez anos (um Harry Potter)
4. Sou Viciado em legião Urbana e nos Beatles
5. sei de cor a trilha sonora de Harry Potter (Mesmo sendo isntrumental).
6. Fico feliz quando comentam meus post
7. Chego a ficar quatro horas dentro de uma livraria, sentado no chão e lendo.
8.  sou apaixonado pela escrita de Raphael Draccon
9. Leio o mesmo capítulo de um livro várias vezes até absorver as últimas informações
10. não durmo sem ler uma tirinha de Mafalda
11. [só porque eu gosto de contrariar]: Coloco nos meus gatos nomes de personagens de livros (meus dois atuais chamam-se Isildur e Tochi)

Humor: Acordo irritado, e às vezes vou para a escola a pé para deixar o estresse pelo caminho. Fora isso, estou rindo na maioria das vezes...  Sou casado com o humor...
(até que algum inoportuno nos separe).

Cores Favoritas: Preto, Amarelo e Azul

Frase ou palavra mais dita por você:  
Tipo – talvez – você que sabe... essas são as palavras.
Mas tem uma frase que repito para mim a toda hora: “Seu destino está em suas mãos. Agarrá-lo e não largá-lo cabe a você, e, se de tudo você deixá-lo cair, a culpa será sua, e não dos outros ao redor...”
(minha mesmo, kkk)

O que achou do selo: é extremamente bom saber que tem pessoas que gostam de mim. Pessoas que se lembram de mim. Estou entrando no meio literário agora, e a confiança dos amigos espero conquistar aos poucos. Com apenas quatro meses de blog já ter amigos me mandando selinhos me faz pensar... poxa, eu cheguei em algum lugar

Blogs indicados:
Fã Clube Marcia Rubim
Santuário dos Vampiros
Lágrima de Fogo
Leonardo Born
Espero que tenham gostado.
Abraço aos leitores

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os Dragões de Elventir - Partes 2 e 3 de 4

Para ver a parte 1, veja o último post, ou clique aqui.



Há trezentos anos

Eram apenas as trevas, mas os deuses lançaram magia, e as trevas viraram luz.
E a luz virou Elventir, o Mundo Forjado, a Terra da Lua.
Mas uma coisa os deuses não previram... Da união de luz e trevas nasceram seres de comportamento adverso, tão opostos como as próprias Luz e Trevas.
E assim nasceram os elementos.
E assim nasceram os Dragões.
Logo os Dragões se mostraram imperialistas... Demais. Então os deuses decidiram criar outros seres, para acabar com o domínio dos Dragões. Mas eles não sabiam no que aquilo resultaria.
Ah, meu amigo, de fato eles não sabiam.
Do sêmen dos Deuses nasceram os Humanos. Da Bondade de Gaea, a deusa da terra, nasceram os Elfos. E por último, do sangue de Voyar, o deus fogo, nasceu os anões.
Não concordando em ter que dividir seu território com outros povos, os Dragões decidiram tomar medidas para se tornarem únicos...
Imagine um mundo recém criado, com florestas virgens, montanhas congeladas e inalcançáveis. Una isso a campinas sem tamanho, vales transpostos por rios, grutas magníficas e minas subterrâneas que de tão fundas dão a volta, e chegam do outro lado do mundo. Imagine isso e estará em Elventir.
Quando a Guerra começou no novo mundo, espalhafatosa e acima de tudo sangrenta, ela veio agravada. Ninguém, nem Dragões nem seres “Semidivinos” temiam a morte.

Há alguns anos

Beloriel nasceu no ápice da guerra. Numa época em que os castelos dos Dragões eram tomados pela revolta contra as raças inimigas, e as fêmeas tinham a função de gerar soldados.
Beloriel era filho do general Smaug, Líder da Torre Sul, braço direito do Grande Rei Tiaret. Suas escamas eram negras como o carvão. Suas patas grossas como o tronco das grandes árvores, e de sua boca saía o Fogo das Cinco Pedras.
No exército, Beloriel aprendeu as técnicas sangrentas do ataque, e, mais ainda, aprendeu a arte sutil de matar, mesmo sendo contrário a isso, e não concordar com a guerra, que achava mesquinha.
Mas foi no campo de batalha que conheceu um amigo.
As batalhas nas montanhas eram as piores. Bastava um erro e a presa virava o predador.
Janus lutava bravamente, mesmo contra sua vontade, e usava os poderes dados pelos próprios Deuses para matar Dragões.
Ele até tinha um nas mãos: grande, de escamas pretas, mas por algum motivo diferente.
Beloriel podia ter matado aquele Homens, mas não o fez por algum motivo. Ele sempre acreditara nos deuses, mas aquela experiência superou suas expectativas:
“Unam-se. – disse a voz de uma mulher, um voz divina, na cabeça de ambos. – A guerra está nos corações de seus povos. Mostrem que não são como eles.
E foi naquele momento que eles entenderam. Nenhum dos dois precisou dizer nada ao outro, mas ambos sabiam que haviam recebido a mesma mensagem dos Deuses.
Com um Humano em seu dorso, Beloriel fugiu. Por muito tempo eles conversaram sob uma iluminação que ia além do que podiam sentir. E, mais uma vez, entenderam por que os deuses haviam lhes escolhido.
- Vamos conversar com os Reis. A Guerra tem que parar. – disse Janus, talvez um tanto ingênuo.
- Eles não entendem. Querem a guerra.
- Mas os Deuses se arrependeram, você sabe. Eles podem se arrepender também.
- Acho difícil.
Mesmo assim, Beloriel foi até seu Rei, que achou a ideia de um tratado entre os povos algo extremamente impossível. Com muita raiva, contendo-se, o Rei deixou que ele partisse.
Janus recebeu a mesma resposta de seu rei.
Beloriel então foi até seu pai, e sua reação foi muito pior do que o esperado.
- Estás Maluco? Juntar nossa raça pura... Unir os Dragões aos homens, e até aos elfos?
- Eu acho uma boa ideia. Não vejo o porquê da guerra, e...
- Cale-se. Seu irmão morreu na guerra, mas em momento algum ele se rendeu. Mostre-me o Humano que virou sua cabeça, e eu lhe arranco o pescoço.
- Não devo obediência a pessoas que dedicam suas vidas a matar, e, mais ainda, a pessoas que nem mesmo aos seus filhos consegue proteger. Você é um monstro.
Beloriel partiu.
Cansados de tentarem em vão, eles agiram sozinhos, e conquistaram aliados.
Mas um dia as coisas fugiram do controle.
***
Caçados como animais, eles foram presos. Janus e Beloriel passaram a dividir uma cela na prisão de Engradados, mas não deixaram de arquitetar planos, para parar a guerra, e, mais ainda, para fugirem.
- Eu te avisei meu filho, que isso não daria em nada. – Disse o ríspido Smaug numa visita a Beloriel. – Não posso fazer nada por você, e, mais ainda: Quero que apodreça aí. Você desonrou nossa família. A mim e à sua mãe.
Triste com as palavras do pai, Beloriel mais do que nunca se dedicou. Num belo dia, Janus disse:
- Estamos prontos.
E eles se prepararam. No dia seguinte fugiriam.
Texto de Kaio Rodrigues

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os Dragões de Elventir -

Beloriel é um conto que escrevi para participar de um concurso literário. O mundo fantástico  onde se passa o conto chama-se Elventir, e é o mesmo de meu próximo livro, As Crônicas d'O Herdeiro. Está dividido em quatro partes. Vou postar a primeira. espero que gostem.



Os Dragões de Elventir



“Não devo obediência a pessoas que nem os seus filhos são capazes de salvar” – disse o Dragão pouco antes do começo de tudo.
Hoje
Beloriel batia as asas em alta velocidade, mudando constantemente de direção para evitar as investidas do inimigo, que há pouco quase lhe arrancara a cabeça
Beloriel era um Dragão, um acidente divino, mas, mais do que isso, ele era um fora da lei.
Não, Beloriel não era um vilão, como a história o pintaria muito tempo depois. Ele era um sonhador, um ser punido por seguir ordens Divinas. Além disso, Beloriel infringira uma lei. A mais rígida lei dos Dragões. Ele carregava nas costas um Humano.
Janus era um Homem que, como Beloriel, ia contra as leis de seu povo. Era forte, Rijo, mas um amante da vida, contra o infanticídio, e, mais ainda, contra as determinações daquela época. Mas aquilo não era algo aceitável por nenhuma cultura. Não na época de guerra.
Beloriel acabara de conquistar um feito incrível. O Maior feito daquela época: ele escapara da mais rígida prisão dos Dragões – Engradados. Um lugar criado para prender seres de outras raças, mas que era também usado para prender aqueles que se opunham às leis.
Quando Beloriel, o “ímpeto”, como ficaria conhecido mais tarde, fugiu da prisão, foi logo notado, e passou a ser perseguido pelos soldados que guardavam o lugar: seres da sua própria espécie, que deveriam apoiá-lo, mas que agora tentavam matá-lo. Precisaria de apenas alguns minutos para chegar às grandes montanhas, onde ficaria escondido arquitetando um novo plano para cumprir as ordens dos Deuses. Então ele e seu fiel montador estariam livres. Mas até que chegasse lá, ele precisaria fugir. E ele o fazia, e com todas as suas forças.
Pois se a guerra gera heróis, a liberdade cria feitos maiores ainda.
- Deuses, me ajudem. – ele disse ao evitar uma labareda que teria arrancado sua calda.
Só existia uma coisa capaz de perfurar a carapaça de um Dragão: o Fogo das Cinco Pedras – O Fogo dos Dragões.
- Você consegue amigo – disse Janus montado sobre ele.
Mas naquele momento Beloriel foi cercado por oito Dragões mais velhos e mais fortes que ele, e as esperanças começaram a se extinguir.

Texto de Kaio Rodrigues

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Chip de Dados

Pessoal, o texto não é meu. É de uma amiga chamada Lilian Reis, que merece todo o crédito. Só estou postando aqui, pois achei lindo. Espero que, assim como eu, vocês gostem muito. Leiam!



Texto de Lilian Reis

                Eu nasci para se feliz! Todos nascem! É a ordem natural das coisas. Entretanto, quando damos nosso primeiro suspiro, ainda na maternidade, parece que nos é colocado um chip contendo dados e principalmente tempo. Os dados eu imagino seriam nossas escolhas, como sim ou não; e o tempo à quantidade de dias e horas que teríamos a partir do tão bom primeiro suspiro.
 Alguns infelizmente, já começam a respirar com o tempo reduzido, talvez se tivessem escolha apertariam sim e a vida deles seria diferente. Teriam saúde e oportunidades. Outros, que nascem com tudo normal, têm a vida toda pela frente, com a quantidade de dias e horas normais, contudo,metem os pés pelas mãos.
Nós, se vivermos de acordo com as regras da sociedade, temos sim escolhas. O chip que tem dentro de cada um de nós, nos dá essas escolhas, é programado; ele parece um órgão vivo, “o coração?” A felicidade depende de cada um. O que é preciso para sermos felizes?
Simplicidade é o fator principal, se escolhermos uma vida simples, por assim dizer, normal, sem termos falsas esperanças, sem desejos egoístas, sem almejar coisas inúteis, podemos ser felizes desde cedo e para sempre.
Portanto, a ambição é uma das grandes culpadas pelo fracasso. Quando ela está dentro da pessoa em grande quantidadeé como uma droga. Imagine assim: É como se o chip apresentasse defeito. A pessoa vicia, essa droga de ambição faz este indivíduo sempre correr atrás da felicidade; como se felicidade fosse material. Para alguns, a felicidade é viver de ilusão.
Mas, a felicidade é abstrata, sente-se, não se pega, não se toca, apenas sente-se. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sete Pecados que Leitores têm orgulho de cometer

Apanhei a Tag do blog Acompanhada pelos Livros  da Parceira Alana Homrich. Não pegaria se não tivesse gostado tanto. está aí o Resultado: os pecados que eu mais gostaria de cometer. Espero que gostem.


GANÂNCIA 
     Qual o seu livro mais caro? E o mais barato?

    O mais caro é “As crônicas de Nárnia – Volume Único (ilustrado)”, De C. S. Lewis, que custou R$ 97.
    O mais barato é “Acredite se Quiser”, de Laé de Souza, por R$ 5,70
     IRA
       Com qual autor você possui uma relação de amor e ódio?

      J. R. R. Tolkien. Ao mesmo tempo em que não consigo parar de ler “O senhor dos Anéis” pelo seu conteúdo extremamente rico, às vezes ele peca por ter matado personagens que eu, particularmente, adoro.
       GULA
        Qual você devorou sem vergonha?

        A Série “Dragões de Éter”, de Raphael Draccon. Em três semanas eu li dois dos três livros (ah, tudo bem... Eu deixei para ler o segundo por pena de acabar a série)... kkkkkkkkkkkk’

        ORGULHO
          Qual o livro que você tem orgulho de ter lido?

          Todos, com certeza. Dois, porém, me marcam até os dias de hoje (os outros também me marcam, sem dúvida, mas esses têm meu carinho especial e incondicional), que são Harry Potter e a Pedra Filosofal, que me inspirou a ler mais e mais, e Anjos e Demônios, de Dan Brown, pelo conteúdo, velocidade e personagens excepcionais. Tenho os dois em minha cabeça. Cada parte, página e capítulo, mas voltaria a ler os dois agora mesmo, se fosse preciso.
          LUXÚRIA
            Quais os atributos que você acha mais atraentes em personagens masculinos ou femininas?

            A capacidade de superar os obstáculos impostos por seus autores, errarem, se reerguerem, lutarem, matarem e até morrerem. Mas, de tudo, o que mais aprecio é o dom de se apaixonar por alguém no meio de todas as dificuldades citadas acima. 

            INVEJA
              Quais os livros que você gostaria de ganhar de presente?

              Estrangeiros:
              O filho de Netuno – Rick Riordan
              A sombra do vento – Carlos Zafón
              O nome da Rosa – Umberto Eco
              The Casual Vacancy – J. K. Rowling
              Série As Crônicas de Gelo e Fogo – J. R. R. Martin

              Nacionais:
              Adeus à Humanidade – Marcia Rubim
              O Enigma da Bíblia – Leonardo Born
              Fios de Prata – Raphael Draccon

              Bom, pessoal, este foi mais um post do dia de leitor. espero que gostem
              Abraços a todos

               
               

              quarta-feira, 15 de agosto de 2012

              Sucesso Nacional - Adeus à Humanidade


              Pessoal, vou romper os padrões (cara, eles nem mais existem) deste blog, e falar um pouco sobre um livro que me chamou muita atenção.
              Não, eu ainda não tive o prazer de lê-lo, mas as resenhas, a história e até mesmo os detalhes gráficos imploram para uma visita minha à livraria mais próxima. Infelizmente, o momento (e aqui me refiro à tempo [kkkkkkkk']) ainda não me permitiu tal aquisição.
              Bom, resta-me então ler resenhas e esperar que minha rotina desfrouxe um pouco.
              A resenha postada na rede social Skoob diz:
              Uma paixão acendendo após mais de um século de escuridão. Uma doença apagando a luz de uma vida. Somente sua mordida poderia curá-la. Apenas seu tipo sanguíneo seria capaz de matá-lo. Como um amor tão improvável sobreviveria? Do que você seria capaz de abdicar para salvar alguém e vivenciar, mesmo que por pouco tempo, um amor jamais sentido antes? Da cura de milhares de humanos? Da própria vida? Stephanie tinha todos os motivos do mundo para não acreditar em seres míticos ou na felicidade, mas vai descobrir que estava totalmente enganada. Sua alma gêmea existe. O problema é que a linha do tempo que a separa do amor eterno é muito tênue. E somente um milagre possa uni-los novamente. '
              Um livro de Márcia Rubim que veio para deixar muitos leitores de plantão com sede de sangue ou com sede de romance. Esse livro relata a história de um amor que parece ser impossível entre dois apaixonados sendo que um deles é vampiro. Esse livro cheio de suspense e curiosidades, concerteza irá nos deixar de queixo caído.
              Não acredito que seja exagero da resenhista. Márcia Rubim tem talento, isso é fato, ou as pessoas (dezenas delas) estariam mentindo sobre a qualidade de Adeus à Humanidade.
              Bom, resumindo, Adeus à Humanidade supera diversos livros de vampiro, fugindo da mesmice da Saga Crepúsculo, ou de filmes (cara, odeio comparar livros com filmes, mas...) como Anjos da Noite.
              O livro tem diversos diferenciais, mas somente lendo (ah, meu deus, como eu quero fazer isso), conseguiremos realmente nos apaixonar por ele, e, ao mesmo tempo, ansiar por um segundo livro.
              Abaixo está o Book Trailer do livro, para fazer você ansiar para lê-lo, assim como eu neste momento.

              Valores: Fastbooks: 23,02 Siciliano: 26,14 Saraiva: 26,46

               Então é isso, Leitores. Espero que amem o livro, e assim que eu comprá-lo escrevo mais sobre ele aqui (falando muito bem, eu tenho certeza).

              quinta-feira, 9 de agosto de 2012

              A vaca Valent

              Esta história surgiu como uma forma de mostrar que animais são sim seres vivos, e devem ser tratados como tal. A vaca Valent é apenas uma dos muitos animais que morrem de formas atrozes neste nosso mundo, para satisfazer a fome de humanos. Abaixo do texto, um vídeo. O vídeo que me fez escrever esta história.
              O vídeo que me fez mudar.




              Valent caminhava lentamente no meio do local sujo, cheio de excrementos que há muito ali estavam.

              Mesmo sendo chicoteada e cortada, ela caminhava mansamente. Não tinha, porém a perspectiva de fugir. Sabia que tudo estava prestes a acabar, e que a dor não duraria muito.

              E Valent passou pelo portão de ferro, que era, para seres de sua raça, o limite entre a morte e a vida. E Valent olhou para trás pela última vez em sua existência.

              Pois ela iria morrer.



              Entenda: quando se é uma vaca de abate, sua perspectiva de vida só não é menor que o salário mínimo. E Valent sabia disso. Durante toda a sua vida recebia ordens dos seus donos. Apanhava deles, e comia uma ração de laboratório, feita para engordar, mas não para saciar a fome. Era a vida naquele lugar, no meio de sangue, fezes, urinas e até mesmo de corpos de amigos que não resistiram à dura vida.

              Não pense você que a carne saborosa que lhe serviu de almoço nasceu numa árvore, não. Valent era a prova viva daquilo. Com três meses foi levada para um grande galpão, de onde não saiu por muito tempo. Com um ano, estava já no início de sua fase adulta. Pouco antes de fazer dois, teve seu filho, que teria o mesmo destino que ela daqui a alguns meses...; mas com dois anos, Valent sabia que sua hora estava chegando. Bocas famintas esperavam pela sua deliciosa carne vermelha. Vermelha de sangue.

              E a tortura então havia começado. Valent não rezou, pois de nada adiantaria, pois, afinal de contas, Deus era homem. Mas a vaca chorava, pois mesmo animais têm sentimentos. Sim, eles têm.

              quarta-feira, 8 de agosto de 2012

              Biba do Castelo ra-tin-bum antes e depois

              Cinthya Rachel ficou famosa nacionalmente ao interpretar a personagem Biba, no seriado infantil “Castelo Rá-Tim-Bum”, lançado pela TV Cultura, em 1994, e reprisado até hoje, 18 anos depois.
              A atriz, que atualmente faz reportagens para o programa “Eliana”, do SBT, continua sendo lembrada pela personagem do programa educativo. “99 % das pessoas que me reconhecem é por causa do ‘Castelo’.
              O outro 1% é dividido entre as pessoas que se lembram do comercial do Tang e de outros trabalhos que fiz”, afirma Cinthya.
              Para pessoas como eu, que cresceram vendo desenhos na TV Cultura, relembrar momentos como esse é, no mínimo, algo digno de nota. O Velho tio bruxo, o castelo habitado por criaturas fantásticas... tudo isso me ajudou a construir um acervo mental que pouco a pouco evoluiu e permitiu que eu passasse a escrever.


              domingo, 5 de agosto de 2012

              J.K. Rowling lança primeiro romance adulto com leitura em Londres


              A escritora britânica J.K. Rowling, autora da série "Harry Potter", vai ler trechos de seu primeiro romance adulto, "The Casual Vacancy", durante o evento de lançamento da obra no complexo cultural Southbank Centre, em Londres, no dia 27 de setembro.
              No encontro, o único previsto, autora ainda autografará cópias do livro e responderá à perguntas do público. A entrada para o evento custará 15 libras, cerca de R$ 48. As informações são dos organizadores.
              "The Casual Vacancy" é um romance político de humor negro ambientado em na pequena cidade britânica de Pagford e em suas primeiras páginas, a morte inesperada de Barry Fairweather, choca a comunidade, que se mostrará mais ameaçadora do que aparenta ser.
              O livro chega às livrarias do Reino Unido pela Little Brown e tem o preço médio de 20 libras, cerca de R$ 64, na versão capa dura. No Brasil, a obra será lançada pela editora Nova Fronteira.
              Fonte: sidneyrezende.com
              Por: Kaio Rodrigues

              quinta-feira, 2 de agosto de 2012

              Dragões de Éter caçadores de Bruxas - Raphael Draccon

              Post um pouco mais aprofundado desta história que me marcou tanto, e mudou meu estilo de escrita, dando início a uma "Era Nova" em minha vida, assim como a chegada do gnomo Rumpelstichen foi para Arzallum.

              Pois, sou obrigado a repetir, 'Se os nossos sonhos são forjados no éter hoje... nós iremos tocar a quintessencia".

              Nova Ether é uma terra feita de magia e encantos, criada pela inspiração de deuses e alimentada pelos sonhos e desejos de um sem-número de semideuses. E para manter a ordem, a paz e promover o bem que estes semideuses tanto prezam existem seres especiais, avatares na forma de poderosas fadas-amazonas cujos objetivos eram testar os mortais e presenteá-los caso se mostrassem valorosos. Mas diante de várias falhas dos humanos com que uma fada se deparou um sentimento sombrio se apoderou de seu coração e ela perdeu seus dons puros, tornando-se a primeira fada caída e a precursora de uma das mais cruéis eras que aquele mundo já havia visto. Nos anos seguintes a queda da primeira fada, outras seguiram seu ruidoso caminho, levando junto de si humanas que uma vez tocadas pelas trevas passaram a ser conhecidas como bruxas.

              O enredo de Caçadores de Bruxas tem início alguns anos após a grande caça as bruxas realizadas pelo, até então camponês, Rei Primo Branford que com o seu suor, sangue, aço e esforço somado ao de outros tantos, conseguiu destruir a maior parte daquelas encarnações do mal e de suas seguidoras humanas corrompidas. Logo nas primeiras páginas somos apresentados aos personagens que nos acompanharão durante todo o desenvolvimento da narrativa e as suas tragédias particulares assim como a um panorama geral sobre o povo e alguns costumes de Arzallum e Nova Ether.


              Os irmãos João e Maria Hanson assim como a pequena Ariane Narin eram crianças que tinham tudo para terem uma vida feliz e tranqüila caminhando e brincando pelas ruas de Adreanne, a capital da grande nação de Arzallum. Porém os três tiveram em suas breves vidas traumas que os marcaram para sempre; cada um deles fora vítima de bruxas malignas ou passaram por acontecimentos terríveis. E como fora com essas crianças havia sido antes com dezenas, centenas e talvez milhares de outras pessoas antes do levante do Rei Primo.

              Além destes completam o núcleo de personagens importantes de maneira direta para a trama: o segundo príncipe de Arzallum, Axel Terra Branford; sua mãe, a rainha fada Terra Branford; o exótico professor Sabino Von Fígaro e a misteriosa Madame Viotti além dos antagonistas, mas prefiro deixar estes para a curiosidade e descoberta durante a leitura.  Sendo narrado em capítulos que se revezam entre as visões dos protagonistas e cujos tamanhos variam o livro é de leitura fácil e viciante, em alguns pontos, cômico, em outros, profundo e romântico.

              E um detalhe interessante quanto à narrativa é a presença de um narrador peculiar que temos ao longo das páginas. Quase como um personagem a parte, este ser que nos conta a história de forma onisciente possui uma personalidade que ajuda a casar os momentos tensos e dramáticos com os mais amenos de maneira magistral, um dos grandes pontos fortes da escrita do carioca Raphael Draccon.

               Durante todo o transcorrer do livro as cenas, diálogos e descrições mantém o mesmo ritmo de desenvolvimento, e desde a primeira página este é rápido e envolvente. O enredo fluí com naturalidade, os diferentes pontos de vista se intercalando de maneira homogênea, permitindo ao leitor ter o vislumbre de vários acontecimentos, mas sem se perder entre os mesmos. Outro ponto de destaque é a construção da personalidade dos personagens. Cada um possui seus defeitos e medos assim como virtudes e motivações o que os torna tão apaixonantes em vários os sentidos.

               O universo criado ou, parafraseando o autor, redescoberto por Raphael Draccon é ricamente singular, mesmo sendo formado por vários elementos clássicos da fantasia e dos contos de fadas. Valendo-se tanto da temática sombria originalmente moldada pelos Irmãos Grimm assim como dos contos populares com seus finais felizes e príncipes galantes, Draccon deu forma a uma nova visão ao que já existia e o trouxe para mais próximo ainda do leitor, sendo cada página lida muitas vezes uma experiência que envolve diversos sentimentos diferentes. Temos lá desde o lobo mau, que realmente é um lobo, até os três porquinhos, modificados para serem orcos, criaturas semelhantes a orcs mas com aparências de porcos.

              E além da influência da fantasia também temos vários ícones pops aparecendo volta e meia tanto de maneira velada, como nos trejeitos das crianças e adolescentes com suas gírias, quanto em homenagens como as estrelas Cobain, Blake e Prince. E este é um fator que torna Caçadores de Bruxas, e todos os livros da série, mais próximos dos leitores, pois não há aquele distanciamento muitas vezes provocado pelo vocabulário usado pelos autores em seus livros medievais. Nova Etherpode ser definida como um mundo épico trazido as luzes de nossa era contemporânea, mas sem perder a elegância e magia do fantástico.

              Não posso esquecer-me de dizer que o desenvolvimento da história assim como  maneira que esta se encaminha para o desfecho é fenomenal. Mesmo este sendo um volume inicial de uma trilogia há um encerramento que uni muitas pontas soltas que haviam surgido no transcorrer da leitura, mas também deixa outras tantas perguntas para o próximo volume e o seguinte. Curiosidades e questionamentos que fazem com que você não veja a hora de por as mãos em Corações de Neve e devorar também cada página.

              E devo salientar que a parte de revisão, diagramação e estética  desta série é um primoroso trabalho daEditora LeYa. As capas são mais firmes do que a maioria dos livros, assim como orelhas e contracapa além de terem ilustrações belíssimas. A fonte usada nos livros é de um tamanho excelente para a leitura, o que deu um pouco de volume ao livro, porém nada que atrapalhe, pois um dos únicos pontos negativos que tenho que frisar é que acabou muito depressa a história (rs).

              Enfim, Caçadores de Bruxas é o primeiro volume de Dragões de Éter, uma série épica que resgata a pureza dos contos de fadas e os transforma. Que encanta, emociona e fascina a cada palavra, a cada linha... e ao final você também será mais um dos semi-deuses que com seus sonhos irá manter Nova Ether viva e pulsante.

              “Se os sonhos são forjados no éter hoje... nós iremos tocar na quinta-essência”


              Título Nacional: Caçadores de Bruxas - Dragões de Éter #1 
              Autor: Raphael Draccon
              Ano de Publicação: 2010 (2ª Edição, sendo a primeira pela Editora Planeta)
              Número de Páginas440 páginas
              Editora: Editora LeYa
              Onde Comprar: Submarino (Primeiro Volume) (Box Trilogia) - Saraiva (Primeiro Volume)
              Sinopse: Com diversas referências contemporâneas, que vão de séries como Final Fantasy a contos de fadas sombrios, passando por bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, o autor constrói, com extrema habilidade, uma narrativa em que romances, guerras, intrigas, fantasias e sonhos juvenis se entrelaçam para construir o final poético desse fantástico quebra-cabeça. Essa obra, que é a estréia do roteirista Raphael Draccon na literatura, combina fantasia, história antiga e aventura na medida certa, de uma maneira revolucionária em relação aos demais livros do gênero.
              Fonte: Guria que lê
              Por: Kaio Rodrigues

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