sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Resenha Terras Metálicas - Renato Nonato



Há alguns dias terminei de ler um livro que mexeu comigo em cada uma de suas 615 páginas.
Confesso que demorei a entrar nA Esfera, uma grandiosa esfera de metal onde os homens se refugiaram após, depois de uma guerra, transformarem nosso mundo num caldeirão nuclear.
Na esfera cada pessoa é “implantada” após concluir o primeiro nível na Academia. Esse implante desperta na pessoa uma das cinco habilidades, e é bom conhecê-las antes de entrar nas Terras Metálicas de Renato Nonato.
Antenas lêem mentes. Essa é a atividade mais rara na esfera, pois lá só há um antena vivo.
Bios mudam em seu corpo, desde a cor dos cabelos até o tamanho dos músculos num estilo Ninfadora Tonks.
Sibérios controlam e criam gelo e fogo
Exilados são as pessoas em que os chips não funcionam, ou seja, elas não desenvolvem nenhuma função em especial, e, ao meu ver, são como nós.
E Túneis movem coisas a partir de um túnel invisível.
Raquel Onero é uma Túnel. A menina estressada de quase treze anos foi uma das protagonistas mais verossímeis que já li. Ela reclama, ri e chora como uma adolescente normal, e eu me imaginava como um amigo quase íntimo dela.
Por falar em amigos, Raquel tem os mais fiéis que podem existir. Tales é um bio medroso. Camila, uma Túnel descolada, Isabela é uma sibério, e é neta do grande líder da esfera (confesso até a última página do livro eu desconfiei de sua amizade). Já o Ângelo, é um exilado (Spoiler: Não se engane com sua verdadeira função na estória. Eu me enganei, e me surpreendi no fim), e nada me tira da cabeça que ele e Raquel namorarão um dia.
Ah, sim! Esqueci dos tashis. Como o autor diz, um tashi é “uma pequena esfera, um pouco maior que as extintas bolas de tênis... com um visor côncavo capaz de reproduxir imagens”. E os tashis têm MUITA personalidade. O meu preferido era justamente o Tashi (aqui usado como nome próprio) da Raquel, mas também adorei o medroso Nirvana, da Isabela.

Juntos, esses amigos descobrem um atraso no mainframe (uma das palavras “computadorizadas” que pesquisei no Google durante a leitura) da esfera, algo que pode acabar com o mundo conhecido por eles, caso não seja detido.
Em contrapartida, há a Facção, um grupo de revoltosos que são contra o poder soberano da Elite, a classe dominante desde a criação da Esfera.
Os amigos, além de tentarem descobrir mais sobre o atraso, ainda precisam conter a Facção de tomar o poder.
E, como se a estória única não bastasse, Renato Nonato nos presenteia com muitas doses de humor, aventura e perigo, que cativam o leitor em cada uma das páginas.
A Linguagem é coloquial e divertida, os diálogos são verdadeiros e cheios de informações futurísticas, passadas com sutileza e nos fazendo torcer, por exemplo, para um dia termos realmente roupas que se desamarrotam com um toque, e pílulas de refeição práticas, que substituem os alimentos.
Aliás, essa substituição de alimentos é tão grande, que o ato de mastigar uma gelatina, por exemplo, se torna um trabalho árduo, contado com humor por uma das personagens.
O livro nos faz diversas críticas ao uso indiscriminado de armamentos nucleares, e Renato Nonato nos mostra o que um dia pode acontecer com a humanidade. E isso na romântica hipótese de alguém um dia construir uma Esfera, ou melhor: Uma Terra Metálica para abrigar a nossa espécie. Algo que, aliás, me lembra a frase de C. S. Lewis: Oremos para que a raça humana jamais escape da Terra para espalhar a sua iniquidade em outros lugares. 
Para terminar, gostaria de dizer que Renato Nonato me presenteou com um dos melhores livros que eu já li ( e isso é um elogio e tanto).
Aplaudo de pé Terras Metálicas, e fico ansioso pela continuação.



Tales                                                                                   Ângelo




Gostaria de fechar a resenha dizendo que o autor concordou em realizar uma entrevista para o blog em breve.
Bem, essa foi a resenha, pessoal.
Abraços a todos.
Kaio Rodrigues

Renata Martins/ Almeida



Há alguns meses conheci uma escritora que, na época, se chamava Renata Martins. Isso mesmo: "NA ÉPOCA". Pois, neste post curto, venho anunciar a mudança do nome da autora para Renata Almeida.
O Motivo? Ela explicou em sua página na rede social Facebook:

"Preferia usar o anterior, até porque já me conhecem com este nome, mas depois de muito pensar, resolvi fazer este agrado a ele, que está todo feliz por sinal rsrsrs. Com o tempo vamos nos adaptar (também estou me adaptando rsrsrs, mas gostando muito de ver a felicidade dele rsrrs).

Algumas amigas também escritoras me aconselharam na mudança, e resolvi aceitar. Já que temos uma outra escritora maravilhosa com o mesmo nome que eu, mas ela chegou há mais tempo. Ela foi maravilhosa dizendo que eu não precisava me incomodar e mudar o nome, mas resolvi agradar ao marido.

Obrigada a todos pelo carinho."

Renata, será estranho retirar o "Martins" da minha mente, mas os meus votos e os do Dia de Leitor é que essa nova fase de sua vida seja repleta de alegria e paz.
E muito sucesso, é claro.
Você confere a Entrevista com a autora e a Resenha do seu livro feitos aqui no blog clicando nos links.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Rick Riordan escreverá nova série. E com as Graças de Odin.



Como muitos fãs de Rick Riordan deve saber, o autor da séries Percy Jackson, Heróis do Olimpo e Crônicas dos Kane, está planejando uma nova série de livros de mitologia, desta vez inspirada no maravilhoso mundo nórdico.

 Abaixo reunimos todas as informações divulgadas por Rick sobre essa nova saga que promete fazer tanto sucesso quanto às anteriores. Confiram:


  •  "Minha próxima série será sobre Mitologia Nórdica. Quero escrever sobre o mundo de Thor, Loki e Odin desde que era criança. Começarei a trabalhar nisso logo depois de terminar a série Heróis do Olimpo."


 Rick viajou pela Europa para pesquisar sobre a mitologia nórdica e declara:

  • "Foi fascinante ver as armaduras e armas dos tempos dos vinkings e seus caldeirões de ouro" 


 Quando perguntado sobre sua nova série, Rick dá mais dicas: 

  • "Sim, tenho planos para uma nova série. Na verdade eu tenho essa ideia desde antes de O Ladrão de Raios ser lançado, mas ainda tenho muitos livros pra escrever primeiro. Tentarei começar a série nórdica em 2015. Sei que parece muito tempo, mas tenho mais livros pra escrever, e isso demora. Ainda não tenho muitas informações sobre essa série, é cedo demais."

 Em seu blog, Rick cita novamente a série:

  •  "Como relatado, minha nova série terá características nórdicas. Não é grande surpresa para quem ouviu sobre o assunto antes. Amo mitologia nórdica tanto quanto a grega e romana. Mal posso esperar para começar a escrevê-la! Mas claro, não vai acontecer imediatamente. Preciso terminar As Crônicas dos Kane e Heróis do Olimpo antes. Estou programando começar a escrevê-la em 2015, se isso mudar, avisarei."


Fonte: Olimpianos.com


 O Dia de Leitor encontrou apenas isso sobre a nova série. Mais informações serão aqui repassadas, e nós, como fãs ávidos, estamos ansiosos pela nova publicação do Tio Rick.
E que ele venha mais rápido que um trovão de Thor hehehe

Kaio Rodrigues


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Crônica – Luís Fernando Veríssimo.


Procurando na internet, achei diversas crônicas de diversos autores, anônimos e conhecidos, brasileiros e estrangeiros.
Sempre que o tempo me permitir, postarei aqui uma dessas crônicas. Espero que gostem.
Sempre que puderem, peço também que me enviem uma crônica ou uma sugestão. É importantíssimo que enviem também o nome do autor, para que este seja honrado devidamente. Vamos à Crônica de hoje.
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. 
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. 
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. 
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. 
Nós sempre andamos de mãos dadas... 
Se eu soltar, ela vai às compras! 
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. 
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. 
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. 
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. 
Ela perguntou: "O que tem na TV?" 
E eu disse: - Poeira”.
Luís Fernando Veríssimo.



O Autor:
Luis Fernando Verissimo é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Érico Verissimo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Resenha "Entre dois Mundos" - Ligia Miraglia


BOOK TOUR

Pessoal, hoje vou resenhar uma obra de um Book Tour que estou participando. Entre Dois Mundos, da autora Ligia Miraglia, foi uma das apostas de 2012 da editora Novo Século.
O livro pode ser adquirido em diversos lugares, como na livraria Saraiva, no site da própria editora ou ainda com a própria autora.
Bem, vamos à resenha.



Um livro acima de tudo romântico.
Não posso começar a resenha sem usar essa frase. Pois sim, Entre dois Mundos é um dos livros de Fantasia mais românticos que já li.
Alícia é uma jovem na casa dos 20 anos. Há pouco tempo sofrera um acidente de carro, que a levou a perder o irmão e fica em coma por 41 dias.
Mas você se engana se os problemas da nossa protagonista acabam a partir do momento em que ela acorda. Aliás, arrisco-me a dizer que é nesse momento que os problemas dela começam.
Pois escapar da morte, ou melhor, fugir das mãos dos Anjos da Morte pode ser um feito quase tão letal quanto ter morrido logo de cara.
Epa, epa! Vamos com calma, me deixe explicar melhor:
Ao se recuperar do coma Alícia tenta retomar sua vida, e esconde de todos o fato de ter passado todo esse período ao lado de seu irmão, a quem ela chama de “meu anjinho”. Mas, se Alícia pode conversar com seu irmão, pode, também, ver o outro lado da moeda. Anjos da Morte, que nos são descritos como “Homens de Preto”, que andam sem serem vistos por lugares movimentados, prontos para recolher a alma de sua vítima logo após a sua morte.

A Notícia boa para Alicia é que ao escapar do acidente ela escapou de um desses anjos. A notícia ruim é que Noah, um desses anjos, não vai deixar isso acontecer tão fácil.
Mas, se eu comecei dizendo que Entre dois Mundos é um livro romântico, agora é hora de eu explicar o motivo.
Alícia tem um amigo de infância. Raul é o que menos podemos chamar de “cara certinho”. Namorador, segundo ele próprio, não pode “ver um rabo de saia sem cair em cima”. Raul começa a mudar quando ele e Alícia dão de cara com uma imagem do passado – literalmente. Algo que, mesmo tendo ocorridos anos antes, na infância dos dois, pode ser capaz de mudar a vida do belo casal.
E é assim que se inicia uma bela estória de amor. Uma das melhores de minha estante.
Entre Dois Mundos é um livro cheio de reviravoltas. Simples e sutil, mas ao mesmo tempo quente e acolhedor.
Ligia Miraglia mistura a fantasia com a vida real, dando uma verossimilhança incrível ao livro.
O livro só peca por alguns erros de português que passaram pela revisão (uma tarefa que, cá entre nós, deveria ser mais do que bem feita pelo valor exorbitante que algumas editoras cobram dos autores no momento da assinatura do contrato), mas esses mesmos erros não atrapalham em nada a grande facilidade que a autora tem com o jogo de palavras e com a tendência para o coloquial, que só aumenta o já citado toque de verdade presente em cada página do livro.
Você gosta de livros de fantasia, mas também gosta de romance? Não precisa mais optar entre um ou outro. Ligia Miraglia nos mostra, em sua bela obra, que é possível unir os dois.

Trivia pessoal: Esse foi o segundo livro de romance com o qual eu tive contato. Se, por um lado, Marcia Rubim me fez perder o preconceito com romances (eu gosto muito de Fantasia), Ligia Miraglia só aumentou o meu gosto pelo gênero.
 A Autora
Nos próximos posts do Blog, tenho o prazer de informar, teremos uma entrevista com a autora, que, gentilmente, se disponibilizou a responder às perguntas do blog e matar a curiosidade dos leitores.
Essa foi a resenha, e, como diria uma amiga, Agatha de Assis:
Beijos Literários para as leitoras, e abraços aos leitores.
Kaio Rodrigues

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Chuva - Edson Gabriel Garcia



A primeira vez que li este texto, foi numa ocasião de despedida (a mesma despedida que me levou a criar esse texto AQUI). Ele serviu perfeitamente como uma metáfora para a ocasião uma vez que a pessoa que partia, como nesse texto, estava abrindo mão da felicidade para ver outra pessoa segurar o guarda chuva e... bem, é melhor irmos ao texto.
Girlene Neri, foi assim que nos despedimos.




“A primeira meia dúzia de pingos de chuva caiu de manso, apesar do escuro que o céu prometia desabar sobre o pedaço da cidade.
À saída da escola, nos portões abertos para a pequena multidão de alunos alegres com o final das aulas, misturavam-se chuva, gritos, guarda-chuvas, mais gritos, buzinas, olhares, corre-corre.
Dali, de onde eu estava, escondido sob a laje do pavimento de cima, podia vê-la mexendo na mala escolar, à procura de alguma coisa. Um guarda-chuva, certamente.
Quando ela viu que ele a olhava, desviou o verde de seus olhos e continuou, embaraçada, procurando o guarda-chuva. Até encontrá-lo.
Ele foi aproximando dela. Parecia pouco à vontade, mas decidido. Havia tempo ele a paquerava, de longe. Até achava ser correspondido.
Ela, desajeitada, abriu o guarda-chuva e preparou-se para enfrentar a água que agora caía bem mais forte.
- Vou lá perto de sua casa, me dá uma carona no guarda chuva?
O preto dos olhos dele fazendo a pergunta corajosa para os olhos verdes dela, quase vermelhos de vergonha.
- Se você quiser...
-Claro que quero. Não trouxe guarda-chuva, e se entrar nessa me molho todo.
-Então vamos.
O guarda-chuva aberto acolheu os dois. Próximos, emparelhados, roçando roupa com roupa, o coração dando pulos de contentamento.
-Que chuva, né?


-Inda mais sem esperar!
Um passo mal dado, uma poça d'água recém nascida, e os ombros se tocaram num primeiro encontro, quase ingênuo.
-Desculpe.
-Não foi nada!
A chuva aumentou a intensidade. Caía mais forte e escorria, danada e zombeteira, pelas abas do guarda-chuva.
-Você está se molhando.
-Você também.
-Não faz mal. Me dê sua mala, deixe que eu levo. Assim você fica livre para segurar o guarda-chuva.
-Obrigado.
Na passagem da mala, dela para ele, as mãos molhadas se tocaram levemente. O coração acelerou o ritmo e o rosto avermelhou-se.
A chuva ficou mais forte.
-Estamos nos molhando muito, vamos parar?
-Não, chuva é gostoso. Faz bem. É banho diferente. Lava tudo!
-Por minha culpa você está se molhando...
-Que nada, de qualquer jeito, nessa chuva, eu ficaria molhada... O guarda-chuva é pequeno...
-É...
Instintivamente ele passou o material para a mão direita e pôs seu braço esquerdo sobre o ombro dela.
-Se a gente se aperta um pouquinho debaixo do guarda-chuva, se molha menos.
-Acho que sim...
-O braço puxou o corpo dela para junto do corpo dele. O coração bateu mais depressa, o rosto queimava fogo, os corpos molhados vibravam.
-Já estou quase chegando. Minha casa é aquela de muro vermelho...
-Poxa, foi tão rápido...
Ele estreitou ainda mais o braço molhado. Não sentiu resistência. Ela soltava sua emoção, esparramada pelo corpo, para o braço do parceiro.
Apenas o cabo do guarda-chuva separava o desejo dos dois. Que engraçado: apenas um pedaço roliço de madeira limitando a geografia quente dos corpos. Em cima, embaixo, por todos os lados, a chuva forte derramava água farta, festejando o encontro juvenil.
-Posso falar com você outra vez?
-Na escola?
-Também.
Ela tingiu de brilho novo o verde dos olhos e respondeu com voz úmida, porém firme:
-Pode...
-Amanhã?
-Pode...
Eles selaram o acordo com o estreitamento maior das roupas molhadas.
-Faz tempo que eu queria falar com você.
Ela sorriu e deixou escapar:
-Eu também.
A casa de muro vermelho chegou perto deles.
-Cheguei.
-Que pena!
-Você quer ficar com meu guarda-chuva?
-Não, já estou todo molhado.
-Leva...
-Não...
-...
-...
O coração a mil, bateria louca de escola de samba em dia de desfile, o corpo molhado, a boca seca, o rosto pegando fogo. Estavam um em frente ao outro, debaixo da chuva forte.
De onde eu estava, protegido pela chuva, eu vi o guarda-chuva inclinar- se levemente para trás, cobrindo minha visão. Imaginei que esta manobra acidental me impediu de ver um beijo, tamanha foi a pressa com que ela entrou em casa e tamanha a alegria com que ele enfrentou a chuva, atirando para cima alguns cadernos, pulando poças e esticando braços e pernas numa sinfonia encharcada.
Foi mais ou menos assim que eu vi esse primeiro encontro dos dois. Foi mais ou menos assim que ele me contou.
Foi assim, sem dúvida, que perdi minha primeira namorada”.

Edson Gabriel Garcia
Postado por Kaio Rodrigues


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Campus Party e Batalha de sagas



Que Harry Potter e Crespúsculo têm disputado a preferência dos jovens (e de muitos adultos também, diga-se de passagem) todos nós já sabemos.
Não chega a ser uma rixa, e nem é necessário, afinal, eu tenho muitos amigos que gostam igualmente das duas sagas, que podem, sim, conviver e harmonia.
Os fãs dos Cullen que me perdoem, mas meu coração de blogueiro bate para um certo “menino que sobreviveu”.
O fato é que ocorrerá no Campus Party uma batalha entre sagas, e  o duelo contará com nada menos que Harry Potter e Crepúsculo.
O que é Campus Party?
“|A Campus Party é o maior acontecimento tecnológico do mundo! Criada há 16 anos na Espanha, ela atrai anualmente geeks, nerds, empreendedores, gamers, cientistas e muitos outros criativos que reúnem-se para acompanhar centenas de atividades sobre Inovação, Ciência, Cultura e Entretenimento Digital. 
Ao longo de cinco dias, palestras, debates e oficinas fazem da Campus Party uma experiência única porque, neste período, ela se transforma no principal ponto de encontro das mais importantes comunidades digitais do país. São momentos em que é possível interagir, compartilhar conhecimento, produzir novidades e, através de seus palcos, acompanhar e analisar as principais tendências de um universo onde inovar é a palavra mágica.|”



Não sei se vocês sabem, mas para defender a nossa tão querida saga de bruxos, os potterheads contarão com ninguém menos que Carolina Munhoz, escritora e jornalista, e membro do Potterish, o maior site sobre a Série do Brasil.
Quem quiser participar do evento basta aparecer no BARCAMP às 20:30 hrs do dia 31/01!
Ao fim do evento, a brilhante autora estará autografando seus livros.
O que eu acho disso? SE VOCÊ MORA PERTO, NÃO PENSE DUAS VEZES E VÁ!
Carolina Munhoz, saiba que eu e tantos outros fãs (seus e de Rowling) confiamos e torcemos por você.

Mais informações: clique AQUI
E Agora, para ficarem ainda mais ansiosos, vejam o que Felipe Neto diz sobre Crepúsculo:






quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Monstro - Agatha de Assis

A Crônica à seguir foi cedida pela Agatha de Assis, a minha irmãzinha literária. Conheça mais sobre ela no blog http://agathadeassis.blogspot.com.br



Eu evitarei, eu farei tudo para evitar que o mundo vire um monstro. Em meio as suas trapaças e mentiras desumanas, corroendo dentro de si, querendo nos devorar vivo.
Hello! Eu estou aqui, eu sempre estive. Só você não pode observar o quanto de mim se fez mais forte enquanto você se preparava para matar mais um. Para ferir e desintegrar outro inocente.
Você me induziu a crer que o meu mundo havia desmoronado, que não havia mais lugar para mim. Atingiu-me com uma força capaz de me levar ao fundo do poço. No entanto, você não conseguiu me vencer.

Quantas vezes eu lhe peguei me olhando, observando-me com seus olhos cheios de sede. Quantas vezes eu não consegui dormir com você preso em minha mente?

Eu estive chorando, pensando e materializando minhas ideias de como eu poderia sair desse chão, sair dessa lama. Estive por muito tempo pensando que se eu tivesse fé o suficiente, você voltaria de uma forma diferente, você voltaria mudado.
Mas não foi isso que aconteceu, você se tornou um monstro e quer destruir tudo o que eu consegui alcançar depois de me levantar.

Por que para você tudo importa? E para nós? Por que não podemos seguir com nossas vidas? Por que não podemos ter o que queremos? Monstro! Você tentou evitar com que eu enxergasse, mas agora estou liberta.
Benzinho, o chão é o seu lugar... Não deixarei que machuque mais ninguém, nem que eu tenha que dar a minha própria vida em troca. Eu farei sem hesitar, e nunca mais verei o prazer de destruir e seduzir o bem em seu olhar.

Porque agora você perdeu, está acabado.

Agatha de Assis

Postado por: Kaio Rodrigues


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