Queria muito escrever um texto sobre o dia do Escritor, mas meu tempo infelizmente não me permite. Em breve talvez eu consiga. Até lá, deixo esse, que, sem dúvida, não é meu melhor texto, mas foi o único que meus estudos e demais compromissos me permitiram escrever.
Obrigado!
Inimigo do Estado
A forma como ele havia o olhado mexeu com os pensamentos de Lucas Bell.
Sem dúvida aquele não fora um olhar de afeição, cumplicidade ou mesmo amizade. Era um olhar ruim, maldoso.
Um olhar de morte.
Lucas estava numa estação de metrô. As pessoas passavam afobadas de lá para cá, sem olhar ninguém ao redor. Todas faziam isso, exceto Lucas.
Entenda: Quando se é um fugitivo do governo, todo o cuidado é pouco. Principalmente quando se está fugindo por ter matado um presidente. O presidente mais amado de toda a história daquele pequeno país.
Lucas Bell olhava nos olhos de cada um dos que estavam na estação. O rosto era escondido por um chapéu coco negro; mesma cor das vestes, no estilo Sherlock Holmes.
Foi então que viu um homem se aproximar, e rapidamente soube quem era, sem mesmo o conhecer.
O homem se aproximava dele, sedento por sua morte. Usava roupa escura, tentando não chamar a atenção... mas não conseguiu.
Ao vê-lo, Lucas correu. Entrou no meio das pessoas, indiferentes a tudo o que estava prestes a acontecer.
Ao vê-lo correr, o outro homem também o fez. E sacou uma arma de prata, de balas grossas. Ideal para matar gente da laia de Lucas.
Pela estação, presa e predador corriam freneticamente, sem se dar ao luxo de respirar. Um para salvar a vida. Outro para tirá-la do oponente.
Poucas foram as pessoas que notaram o homem armada na estação, e menos ainda as que ouviram o disparo fatal, que cessou a vida no inimigo numero um do estado.
A polícia chegou, e pouco fez para salvar a vida daquele homem que já conheciam há muito.
E, verdade seja dita, a justiça se fez.
Mas Lucas Bell deixou seu legado em seu país. Um grande legado. Não disse bom, mas grande.
Texto de Kaio Rodrigues
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