terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Círculos


O post de hoje é apenas uma homenagem, uma transcrição de um livro. Aliás, do melhor livro que já li, um livro daqueles que aplaudimos de pé e chorando. O livro e o Texto são de Raphael Draccon (veja a resenha de um dos livros dele clicando AQUI), escritor brasileiro e autor da série Dragões de Éter, e de outros dois livros.


Um círculo não tem início nem fim; mas isso apenas depois que ele já está formado.
Para que um círculo seja formado, porém, primeiro não há nada e, então, seja o que for que vá dar forma a ele, corre por um trajeto que só fará sentido quando completar toda uma volta e se encontrar com o ponto inicial. É então que se compreende o motivo do trajeto. E tanto o início quanto o fim daquela forma não apenas se tornam impossíveis de ser identificados, como também deixa de importar.
Porque a única coisa que passa a ser vista é somente o todo da figura completa.
Cada lágrima que você derrama é um círculo que se abre ou se fecha dentro de você.
E, sejam vidas criadas por semideuses, sejam semideuses criados por forças maiores, cada lágrima derramada é preciosa, pois alegrias nos dão sentido, mas são as cicatrizes que nos deixam mais fortes.
[…]
Cada lágrima jorrada sobre a terra jamais será perdida.
Ela irá cair e se misturar à terra. E então, quando o calor vier, ela irá evapora e, ao se juntar com outras, torna-se-á chuva. E quando o ar decidir lançar nuvens carregas, cada lágrima, antes derramada na terra, irá descer novamente sobre nossa cabeças, abençoando e trazendo êxtase. Um êxtase que irá permanecer até que outras delas sejam mais uma vez derramadas sobre a terra e o todo recomece.
Como em um eterno ciclo. Como em um esplêndido e inesgotável círculo. Um círculo que sempre irá nos ensinar que…
A dor é inevitável.
… vale a pena percorrer a jornada. Mesmo porque…
O sofrimento é opcional.
… o círculo sempre se fecha.
Ainda que nos corações mais fracos. Ainda que nas mentes mais instáveis. Ainda que nas vidas mais vazias.
O círculo se desfaz, mas ele nunca se rompe.
Ainda que por vezes pareça difícil, ainda que doa, ainda que fraqueje, percorra o círculo completo. Seja caminhando pelo círculo de fogo, seja caminhando pelo círculo de chuva, o final de todo círculo da vida ainda terá sempre o mesmo valor.
Todo círculo irá terminar, é verdade. Mas o que sobrará dentro de você, e o que sobrará dentro de você nesse ciclo, jamais irá se perder. Ou se romper.
Ou se apagar.
[…]
Simplesmente percorra o círculo.

Ah, já ia esquecendo de dizer: Esse post é uma homenagem aos meus amigos (Principalmente Jéssyca Cormarck, Aparecida Freire, Laryssa Arguelles, Girlene Neri, Diana de Freitas, Pamella Reimol e Rafael Pires) que diariamente me ouvem falar desses tais círculos. Como ninguém é perfeito, poucos deles entendem o que quero dizer. 

1 comentários:

Jéssica Rodrigues disse...

Li esse trecho várias vezes e não me canso de ler.


Jéssica
http://lilianejessica.blogspot.com.br/

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